Sobre

Teatro Alfredo Sigwalt

Na década de 60, iniciou-se uma batalha para a construção de um espaço necessário onde a sociedade, além de ensaiar, pudesse apresentar-se, organizar instrumentos e, principalmente ter um local reservado para iniciação de crianças e jovens na arte. O MEC, após muitos anos, levando em consideração uma cidade do interior manter por tanto tempo uma entidade como a SCAJHO e um profissional com o quilate do maestro Sigwalt aprovou, em 1977, o projeto para a construção de uma Casa de Cultura (teatro).

O terreno que a sociedade possuía, situado na avenida. XV de Novembro, não cumpria as determinações, foi necessária uma permuta por outro situado na rua Tiradentes. Com o avanço dos estudos na elaboração do projeto, este terreno permutado mostrou-se inadequado, era pequeno para abrigar as atividades requeridas, foi quando a SCAJHO efetivou a negociação por um outro terreno situado na rua Roberto Trompowski, cuja área abrigaria todas as atividades necessárias, pois o projeto era ambicioso.

O projeto elaborado pelos arquitetos Arthur Peruzzo e Jair Cardoso, fruto de muita pesquisa em literatura especializada, visitas a teatros e auditórios, entrevistas e contatos com operadores e administradores de teatros, resultou numa obra que dotaria Joaçaba de uma das mais modernas casas de espetáculo, capaz de abrigar todas as manifestações artísticas, desde teatro, dança, grandes espetáculos musicais, além de reservar espaço para oficinas e exposições.

As obras iniciaram-se ainda em 1977, com a liberação da primeira verba obtida junto ao governo estadual, com previsão de término para 1979 ou 1980. Porém, em 1979, as obras do teatro já se encontravam paralisadas. A busca por recursos era incansável e a obra avançava em passos lentos, intercalado por períodos de total paralisação.

A luta da SCAJHO se resumiu, nos anos seguintes, para a conclusão da obra do teatro, na tentativa de dar condições de uso à Casa da Cultura, que era requisitado por entidades para eventos, pois, mesmo em condições precárias, o Teatro vinha sendo utilizado para manifestações artístico-culturais da cidade porém o seu uso era limitado devido aos perigos que uma obra inacabada oferece. A construção inacabada, que chegou a ser intitulada de “elefante branco”, era alvo de vândalos que, inclusive, incendiaram um piano, patrimônio que pertencera ao Maestro Sigwalt.

Conclusão do Teatro

Em agosto de 2001, o Prefeito Municipal de Joaçaba, Armindo Haro Neto, nomeou por Decreto Lei Nº 2.176 de 28 de agosto de 2001, a Comissão de Gestão para a elaboração do Projeto ICMS/SCAJHO junto à Fundação Catarinense de Cultura, composta por sete membros. Comissão essa, que posteriormente foi intitulada “Comissão especial Pró-conclusão” que recebeu reforço de mais algumas pessoas que comungavam do mesmo ideal, ficando assim constituída: Presidente: Dr.Jaire Formighieri de Almeida (Procurador geral do Município), VicePresidente: Anna Lindner Von Pichler (Cônsul honorária da Áustria para SC), Presidente da SCAJHO: Ivo Dallanora (Empresário), Marilena Zanoello Detoni (Secretária de Educação do Município), Jaime Teles (Diretor de Cultura do Município), Amaury Beal (Diretor de manutenção do Município), Clóvis Girardelo (Prof. Unoesc), Jaison Strapassola (Arquiteto), Jonas Antônio Molin (Arquiteto), Marco Aurélio Bissani (Arquiteto), Margaret Pichler Von Tennenberg (Designer de interiores) e Maria Odete Bilibio de Campos ( responsável por projetos e convênios do Município).

Uma vez empossada, a comissão elaborou o projeto pró-conclusão e foi em busca de recursos para a conclusão do teatro. Felizmente, em meados de dezembro de 2002, o Governador do Estado repassou uma verba, sendo possível dar início à obra de conclusão. Porém, logo foi constatado que os investimentos seriam maiores e, que a verba recebida não seria o suficiente. Seria necessário conseguir mais recursos e o caminho escolhido foi buscar doações junto aos órgãos públicos municipais, entidades, empresas e pessoas físicas. Os desafios tomavam proporções gigantes, cada vez mais, era necessário investir. Porém, os órgãos públicos municipais, entidades, empresários e cidadãos joaçabenses acreditaram na comissão nomeada e estenderam a mão e, a comunidade toda começou a vibrar junto. O sonho estava se tornando realidade.

Assim, com doações vindas de diversas fontes, com a dedicação de toda a Comissão pró-conclusão, que foi incansável, deixando muitas vezes seus afazeres profissionais para se dedicar às obras que exigiam soluções rápidas e necessárias, a obra caminhava a passos largos, pois a data da inauguração estava fixada: 30 de agosto de 2003. Dia em que a obra foi entregue aos joaçabenses, e prestada uma justa homenagem à nossa cultura e ao inesquecível MAESTRO ALFREDO RUDOLFO SIGWALT.

O TEATRO ALFREDO SIGWALT, pela sua imponente arquitetura, impressiona e é o orgulho da cidade. Com capacidade para 460 lugares, possuindo uma acústica perfeita e um excelente acabamento interno, o teatro recebe elogios dos atores, cantores e músicos que nele se apresentam e o louvor dos visitantes. 3 A história sobre a cultura de Joaçaba e o povo culto que a cidade abriga comprova-se pela competência e garra que as pessoas possuem. A própria história da cidade conta e canta as suas vitórias através de seus feitos, suas conquistas e o sucesso dos filhos da terra. Se hoje, se pode falar sobre cultura e o Teatro, é porque o povo joaçabense é culto, sensível, vive e ama a cultura. Joaçaba é diferente. Joaçaba é única.

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